BDSM é um acrônimo para a
expressão "Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão,
Sadismo e Masoquismo" um grupo de padrões de comportamento sexual humano. A sigla
descreve os maiores subgrupos:
Bondage e Disciplina - BD
Dominação e Submissão - DS
Sadismo e Masoquismo ou Sadomasoquismo - SM
Bondage e Disciplina - BD
Dominação e Submissão - DS
Sadismo e Masoquismo ou Sadomasoquismo - SM
Vamos, então, conhecer as
bases do BDSM e seus significados:
SSC
Dentro do BDSM existe o
conceito que define que toda prática deve estar dentro do São, Seguro e Consensual. Com este conceito, é
possível fazer uma larga distinção entre o BDSM e qualquer prática de abuso ou
violência.
São – É tudo que é sadio, ou seja, é
distinguir entre a doença mental e a sanidade. Pressupõe-se uma relação sadia,
não colocando em risco a saúde física e mental dos envolvidos. As práticas são
conscientes, além de física e mentalmente saudáveis, sem quaisquer alterações
por substâncias entorpecentes ou que alterem a consciência.
Seguro – Tudo está dentro do que é
seguro para as partes envolvidas nas atividades. Isso significa ter
conhecimento das práticas a que se propõem, além do conhecimento dos
instrumentos, limites e condições físicas e psicológicas dos parceiros, bem
como as formas de manutenção do seu bem estar, tanto físico como psicológico.
Consensual – É aquilo que é acordado
entre as partes envolvidas. Pressupõe-se que estas sejam livres de participar
em tudo quanto se faça e pratique e tenham igualmente a liberdade de terminar a
sua participação em qualquer momento. Consensualidade é ainda respeitar os
limites impostos por cada participante e é a expressão do consentimento das
partes envolvidas.
RACK
Em inglês, “risk-aware consensual kink”.
Risk-aware: As partes envolvidas estão bem informadas quanto aos riscos das práticas a que se propõem.
Consensual: As partes estão conscientes dos riscos, agindo em consensualidade.
Kink: É dito da atividade que é classificada como “sexo
alternativo”.
Enquanto o SSC diz seguro, o RACK diz
consciente do risco. O que esse conceito novo quer mostrar é que nada é 100%
seguro na vida, mesmo se estivermos dentro de casa dormindo, algo de ruim nos
pode acontecer, para se morrer basta estar vivo. Até as práticas mais simples
apresentam riscos de danos físicos ou psíquicos. Aí entra a noção de
minimização dos riscos, ou seja, tentar baixar o risco inerente às práticas ao
mínimo possível, através dos cuidados e precauções pertinentes e estudando
previamente e aprofundadamente o que se fará. O risco sempre estará presente
nas práticas, mas podemos minimizá-los bastante. Claro que existem práticas que
apresentam por natureza quase nenhum risco, mas existem muitas outras que têm
risco médio ou elevado. Há uma escala de riscos, das práticas mais perigosas as
menos perigosas.
Enfatiza-se
no conceito de RACK que as partes têm de estar cientes de que existe um risco
inerente mínimo e que não se pode eliminá-lo por completo. Isso também
distribui um pouco da responsabilidade, que passa a não ser exclusiva do TOP
(aquele que comanda a sessão; o conceito será aprofundado mais adiante), mas
que também, em menor grau, transmite-se à bottom (a que é comandada; o conceito
será aprofundado mais adiante). Obviamente que o TOP é que conduzirá a sessão e
as cenas, mas a bottom está ciente de que as práticas com que consentiu
apresentam riscos, os quais podem ser elevados, médios ou baixos, a depender do
caso concreto e dos cuidados que forem adotados.
A noção de
consensualidade permanece, pois as práticas serão feitas de modo consensual,
conforme a expressão “Consensual Kink”.
TPE
Total Power Exchange / Troca Total de Poder
TPE é consensual, mas completamente isento de quaisquer explicações. Tudo ocorre de acordo com o desejo do(a) Dominador(a), sem aviso prévio, ou mesmo, palavra de segurança – sempre com bom senso por parte do(a) Dominador(a); a entrega e dependência do(a) submisso(a) é total.
PCRM
Prática Consensual com Risco Mínimo
Total Power Exchange / Troca Total de Poder
TPE é consensual, mas completamente isento de quaisquer explicações. Tudo ocorre de acordo com o desejo do(a) Dominador(a), sem aviso prévio, ou mesmo, palavra de segurança – sempre com bom senso por parte do(a) Dominador(a); a entrega e dependência do(a) submisso(a) é total.
PCRM
Prática Consensual com Risco Mínimo
A expressão
RACK é mais exata do que a expressão SSC, entretanto mesmo assim não é
perfeitamente exata, por isso foi proposto um novo conceito, segundo o qual as
práticas do BDSM devem ser Consensuais, almejando-se sempre o risco mínimo ou a
minimização máxima dos riscos; logo, a expressão correta deve ser Prática
Consensual com Risco Mínimo.
Essa nova
expressão, a PCRM, além de ser mais exata, também elimina um termo que, pelo
menos no Brasil, é pejorativo, o de “tara”; pois que não se consideram tarados,
muito menos anormais, e sim apenas pessoas que admitiram a sua natureza e a
exercem de modo sadio e dentro da lei, diferente da hipocrisia dominante que
tenta negar seus instintos ou dos desejos “feijão-com-arroz” das pessoas que se
relacionam de forma convencional, chamadas no meio BDSM de
"baunilhas".
Fontes: