Ele é aparentemente incômodo,
para muitos, pode causar repulsa à primeira vista, medo... Um acessório de
tortura (física e psicológica) tão usado na idade média, hoje, é costume e parte da vida cotidiana de alguns. Mas, o
que leva alguém a submeter a outro ao uso do cinto de castidade, ou,
principalmente, o que leva alguém a sujeitar-se ao uso de tal acessório?
Com base em tantas dúvidas que
permeiam o assunto, quero hoje falar um pouco sobre o cinto de castidade
feminino, e o seu uso como prática no meio bdsm ou como, para alguns, um estilo
de vida.
Imagine a seguinte situação: O
Dominador chega diante de sua submissa e começa a despi-la, deixando-a
completamente nua e exposta à sua vontade; em suas mãos, um cinto de castidade.
Ele ordena que a sub abra as pernas, a fim de que o acessório seja colocado.
Humilhação é o sentimento que domina este momento, desencadeando outros com total
intensidade!
Com as pernas abertas, ela sente
aquele acessório sendo colocado em seu corpo, ela sente os ajustes, a mão forte
que passa pelo seu corpo e, finalmente, percebe o cadeado que é fechado. Ouvir
aquele “click” do cadeado com certeza lhe traz uma avalanche de pensamentos e
sentimentos que talvez nem ela mesma saiba, mas tudo é muito intenso. Ela sabe
que, a partir daquele momento, a chave ficará em poder de seu Senhor, que é
quem decidirá quando deverá abri-lo. Ela está agora totalmente dependente de
seu Dono, seja para se tocar, para ter o seu prazer. Não é mais ela quem
escolhe seus momentos de prazer, isso é seu Dono quem passa a determinar. A
liberdade de prazer lhe fora tirada com o trancar daquele cadeado, e fora levada
com aquela chave!
Se a submissa já tinha uma
sensação de dependência de seu Dono, essa sensação é intensamente
potencializada a partir deste momento, e é quando ela percebe que um cinto de
castidade é muito mais do que um simples artefato – é um laço de dependência
(física e psicológica) muito maior que está sendo criado.
O uso de um “simples acessório”
carrega por trás inúmeros significados que passam a fazer parte da vida
cotidiana da submissa.
Usar aquele
cinto, portanto, significa que, mais do que ser posse de alguém, tudo que era
seu agora passa a ser de seu Dono, isso inclui o seu prazer, que não é mais
dela, e sim de seu Senhor... seus orgasmos deixam de ser seus para pertencerem
ao Dominador, que é quem tem total controle de seu corpo.
Seu órgão genital está ali, guardado,
protegido, para ser usado quando e como o Dono determinar... é pra ele!
Agora eu pergunto, o que pode
causar maior prazer a nós, escravas ou submissas, que não seja a total
dependência de nossos Donos? A humilhação de estarmos sob o regime de castidade forçada e de estarmos com um cinto cuja chave
não está em nosso poder é o que vai desencadear um prazer que só quem é
submissa consegue sentir! Compreendemos, então, que, por pertencermos a alguém, deixamos de ter
direitos para termos obrigações – deliciosas obrigações -, e é exatamente isso
que nos dá uma sensação de prazer indescritível. Como não sermos mais dóceis,
mais meigas, mais servis diante de tamanha dependência?
O momento de sermos usadas por
nossos Donos chega, o cinto é retirado e a intensidade da entrega se torna
muito maior! Tanto autocontrole, tanto desejo “reprimido” por dias é liberado em
uma explosão libidinosa, que é o que torna este momento de entrega em algo único
e intenso... para ambos!
Intensidade de sensações,
portanto, é algo que pode definir muito bem o que tange a prática da castidade
forçada. Tudo é muito intenso, é prazeroso, é surreal! Penso que esta é uma
experiência por que todas as submissas deveriam passar, nem que fosse por um
curto período, que já seria suficiente para mostrar o verdadeiro significado
que há por trás do uso de um cinto de castidade - muito mais do que um
acessório, uma fonte de prazer!
Escrito por Cedna_Steel